quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Retrato de um perturbado



Porquê chama nos de hipócritas ridículos se você mesmo é bem pior que nós?

Porquê achas que tudo tem que ser pra você, por você e com você?

Porquê acusa ele ou ela de ter feito isto ou aquilo sendo que já fizestes coisas bem piores?

Porquê enquanto nós não podemos falar nada sobre você, tu falas e gritas tudo o que quer sobre nós?

O quê você é?

És um egoísta, que não quer saber dos outros,

que quer sempre tirar vantagem das situações,

que não liga para os outros corações,

que nunca quer estar errado,

e que mata todos nós com palavras que mais parecem facadas.

Tu és simplesmente um animal, que tem essa beleza superficial,

que apenas serve para enganar,

por fora belo, mas por dentro, tão podre, que todos nós, de longe,

podemos sentir o cheiro de carniça no ar.

Você pode falar para todos os ingênuos que mudastes,

dizer que de tudo tentastes.

E todos podem enchê-lo de carinhos, de mimos, e de consolos.

Eu, porém, não te darei mimos, não te farei carinhos, não te direi conselhos e muito menos consolos.

Eu só tenho uma coisa, só uma pergunta:

Quando você olha sua imagem no espelho, o quê você vê?

Quem é você?

O quê você quer ver?

Creio que agora, nem mesmo você consegue me responder.