segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O filósofo

Sentado.
Pensando.
Escrevendo.
Falando.
Imagina o porquê de sua existência,
contesta sua resistência.
Critica o ser humano pelo poder de pensar,
mas jamais o usar.


Escreve seus pensamentos,
sem sentimentos, nem raiva, nem amor.
Seus pensamentos, somente.
Pois sabe o quê diz,
ou pelo menos se faz por entender.
O sentido, quem deve dar, é você.


Sendo julgado por todos,
de coitado, e até louco chamado.
Somente por dizer o que acha, o que pensa,
fugindo do normal consenso.
Ele senta calmamente no banco da praça,
e dá migalhas de pão os pombos.
Já não se importa mais com tão pobres palavras vinda de tais pessoas,
que tão alto falam, mas nada realmente dizem.


Enquanto ele poder dizer o que pensa, os reais coitados serão eles.


Enquanto poder pensar e questionar, os reais loucos serão eles,
que podem, mas não querem, a cabeça usar.


Enquanto todos estiverem, na mídia acreditar,
e ele, for o único a contrariar;
não verá somente sol, terra e mar.
Verá muito, muito mais,
onde poucos podem enxergar.


Enquanto ele for o que é, e nada mais,
não será só mais um,
e sim, um a mais.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais e mais

Quanto mais recebo,
mais o quero.


Quanto mais o sinto,
mais me enlouqueço.


Quanto mais me possui,
mais o peço.


Quanto mais uso,
mais me sinto a mil.


Quanto menos penso,
mais me vicio.