sábado, 27 de março de 2010

Confissões de um solitário


Na guerra, os fortes se tornam fracos,

E na paz, os ricos fazem dos pobres seus escravos.

Temos que trabalhar para sobreviver, caso contrário, morremos, sozinhos.

Mas mesmo trabalhando, recebemos um salário dão miserável, que morremos do mesmo jeito.

Agradamos aos outros o dia inteiro, morrendo de fome e cansaço.

E eles amontoam dinheiro em seus cofres.

E nossos filhos, envelhecem antes do tempo.

E os rostos de quem amamos se tornam duros e frios.

Nós amassamos as uvas, e eles é que bebem o vinho.

Nós plantamos e colhemos o trigo, e nossa própria mesa está vazia.

Estamos presos a correntes, embora nenhum olho as enxergue;

E somos todos escravos, embora digam que somos livres.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Viver


Pense em algo bom,

Pense em algo belo,

Pense em algo além do seu ego.

Tente olhar,

Tente aconselhar,

Tente também aos outros escutar.

Sinta os momentos,

Sinta as carícias,

Sinta todas as emoções fictícias.

Seja aquilo que pensas,

Seja aquilo que quer ser,

Sem ter medo do que possa acontecer.

A vida, lições nos ensina,

Amar, ajudar, se preocupar,

Mas depende de você as usar.

Não pense com o bolso,

Pense com o coração,

Lembre-se que um dia, podes estar na mesma situação.


Viver é perigoso,

Continuar é inevitável,

Agir bem é saudável,

Pensar em todos é correto,

Mas ainda assim, morrer é certo.

Nossa certeza, é nosso fim,

Então prove o mistério que é a vida,

Pois quando chegar a hora da ida,

Entenderá o quê quero dizer,

Não há nada melhor, que olhar pra trás e dizer:

"Sim, eu lutei, e pude vencer."

sexta-feira, 5 de março de 2010

Alma perdida


Já pensou na maneira em que tratas o outro ?

Em como cobiças tanto o ouro ?

Já passou pela sua cabeça amar sua família ?

Tê-la, lado a lado em sua vida ?

Já tentou se preocupar com os desafortunados ?

Que rezam por liberdade desse mundo em que foram colocados ?

Já olhastes para uma pessoa, e viu nela o olhar de real sofrimento ?

Por fora viva, mas dentro, morrendo.

Chore pela alma perdida.

Que nunca realmente teve vida,

Que só pensa, não fala, não expressa.

Que guarda lamentações e tristezas para si

Por não ter um corpo como ti,

Por não ter uma vida como a sua,

Cheia de alegrias e fortuna.

Mas o que essa alma não sabia,

É que ela sim era rica; em vida.

Por ser livre, por não viver no mundo de ilusões,

Que todos nós o nomeamos de boas condições.

Por ser humilde, e amar até o mais mísero ser,

Por ser autentica e esperança ter,

Por experimentar milhares de emoções,

Por, a toda hora, aprender grandes lições.


À alma, à alma perdida, à alma semi-viva, à alma despercebida,

Saiba que tem algo que muitos não terão:

Bom coração.

terça-feira, 2 de março de 2010

Não me surpreende, nem um pouco


Não me surpreende,
o modo de como os adolescentes,
preferem ficar no computador em casa, que ir ao parque nos dias quentes.
Não me surpreende,
os pássaros não cantarem mais, que estejam mortos muitos animais,
que não existam mais corais.
Não me surpreende,
o estado do aquecimento global,
e ainda assim pessoas achando que isso é normal.
Não me surpreende,
quase ninguém saber cozinhar, por que se está pronto, para quê as mãos sujar?
Isso meu caro, um dia descobrirá.
Não me surpreende,
as crianças de hoje, nunca terem visto boi de verdade,
pois agora, elas nem sequer tem curiosidade.
Não me surpreende,
o Brasil nunca ter saído do seu "leito",
com esses políticos eleitos, o que eu digo é bem feito.
Não me surpreende,
a quantidade de crianças de rua, sem ter o que comer,
nem mesmo o quê beber,
e ainda, pessoas que fingem não as ver.
Não me surpreende,
o modo como todos nós viramos fúteis,
e ainda, chamando uns aos outros, de inúteis.
A vida já não é como era antes,
as crianças já não brincam nas ruas, semi-nuas,
as famílias não se reúnem mais,
os adolescentes fazem coisas banais.
É a nova geração? Sem emoção, nem coração?
É a globalização? Correndo, vendendo, e enriquecendo?
São os valores interiores em decadência?
Caindo, caindo, sem prudência?


Seja o que for, não me surpreende, nem um pouco.