Fazer planos é bom, para pessoas feridas,
que perdem o prazer do inesperado,
que não conseguem interpretar as curvas da vida,
e não conseguem ir além do calculado.
Aprender a enxergar a importância das coisas boas
vai muito além de ver o que se passa e não percebemos.
É saber procurar bons valores nas pessoas,
mas geralmente nem damos valor, às boas coisas que temos.
Não adianta idealizar um mundo imaginário,
com pessoas gentis e altruístas,
onde todos têm um abastado salário,
e não têm feridas no coração.
É inútil lembrar das coisas que não se fez,
lamentando eternamente o que poderia ter sido,
tudo que és agora não foi feito de uma vez,
e é tudo consequência do que já foi sentido.
Não existe ninguém que tenha a vida perfeita,
ou que seja perfeito por completo.
Todos temos algum desejo
ou até mesmo, um vício secreto.
Mas é bom lembrar, que nada está perdido,
é sendo assim que conseguimos compartilhar
nossos desejos, feridas, e medos
sem receio de ser singular.
O bom da vida é esquecer qualquer plano,
já que erramos constantemente,
vamos viver, exaltando o humano
impuro, cego, feliz, incoerente.
Assim sigo feliz, mesmo não alcançando a perfeição,
talvez seja só um bom dia, com uma boa razão,
talvez seja um delírio de uma imperfeita visão
ou um simples momento de felicidade e exaltação.
Nada me faz sentir tão satisfeita,
sendo assim não preciso de mais nada,
enquanto aproveito a vida que, apesar de ter um fim,
é louca, imprevisível e bem humorada.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
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