sábado, 27 de março de 2010

Confissões de um solitário


Na guerra, os fortes se tornam fracos,

E na paz, os ricos fazem dos pobres seus escravos.

Temos que trabalhar para sobreviver, caso contrário, morremos, sozinhos.

Mas mesmo trabalhando, recebemos um salário dão miserável, que morremos do mesmo jeito.

Agradamos aos outros o dia inteiro, morrendo de fome e cansaço.

E eles amontoam dinheiro em seus cofres.

E nossos filhos, envelhecem antes do tempo.

E os rostos de quem amamos se tornam duros e frios.

Nós amassamos as uvas, e eles é que bebem o vinho.

Nós plantamos e colhemos o trigo, e nossa própria mesa está vazia.

Estamos presos a correntes, embora nenhum olho as enxergue;

E somos todos escravos, embora digam que somos livres.

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