quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pequenas realidades

Sinto que hoje choverá.
Sinto que um dia a natureza, de nós, se libertará.
Sinto a morte tão perto, como se eu a pudesse sentir.
Sinto a tristeza dentro de mim, sempre a rir.
Sinto meu corpo com pouco sangue e muito álcool.
Sinto minha pele sendo queimada pelo Sol.

Ouço as risadas das crianças,
Ouço um grito de socorro, um grito de esperança.
Ouço o som que faz o violeiro,
Ouço as lamentações de um pobre carteiro.
Ouço o vento soprar, forte, quase a me derrubar.
Ouço os soluços de choro de uma moça no bar.

Vejo a Lua cair, e o dia a clarear.
Vejo sangue enfeitando qualquer lugar, desde as favelas até as mais belas mansões.
Vejo discussões e brigas entre família, como se fossem entre heróis e violões.
Vejo a tristeza, a pobreza, na frente de muitos, porém todos fingindo essas coisas não enxergar.
Vejo a espera eterna, até a ajuda resolver chegar,
enquanto isso, só o que resta é acreditar.

Acreditar em um país melhor, não financeiramente, ou politicamente falando, quer dizer, também,
mas, acreditar, que um dia teremos um povo que vai além,
além das aparências, além das roças, além das religiões, além das rebeliões.
Um povo que vai além do falar, que faz acontecer.
Um povo que, unido, consegue crescer.

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