sábado, 16 de abril de 2011

Quem sabe?



Talvez, quem sabe?
Como é ser alguém,
como é ter alguém,
para amar, abraçar, conversar.
Talvez tenha alguém.

Quem sabe?
Como é ser ninguém?
Como é o além?

Quem sabe?
Chorar de felicidade?
O efeito das drogas na ingênua mocidade?
Quem sabe?
Como é se afogar na multidão, que não tem piedade, nem compaixão?

Quem sabe?
Eu sei.
Eu sei que nada sou, além de rabiscos num caderno de um sonho mal sucedido,
e que há muito já foi completamente esquecido.

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