terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Calar-se


Palavras, milhares de sílabas, sons, significados.
Porém, nada se compara a imensidão de lados que tem os versos de milhares de poemas não recitados.
Como mudos tagarelos,
que com alguns gestos podem contar coisas de significados dos mais belos.
Ou como os mímicos talentosos,
pinturas que se movem,
e que mesmo sem nada falar, milhares podem representar, imitar.
Nos fazendo risadas dar, ou lembranças recordar.
É como o som do mais doce violino,
que com poucas e suaves notas,
nos transporta para os mais agradáveis pomares,
que nos faz voar como as mais rápidas aves,
sentir os mais fortes ventos, respirar os mais puros ares.

Não falar, pode ser o maior discurso a se passar.
E um gesto, pode ser a razão para que um alguém  possa se levantar.
Não falar, pode ser aceitar.
E  um gesto, pode com tudo começar, mas também com tudo terminar.
Sem falar, conquistamos com um olhar.
Com um gesto, podemos as vezes milhares salvar.

Felizes, são aqueles que discutem e vencem,
sempre à debater e à falar.
Mas, felizes mesmo, são os que sabem se calar.

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